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Avatar de Regiane Folter

Quanta coisa boa a gente deixa de fazer pelo medo do que as outras pessoas podem pensar ou fazer... Pra vc foi dançar, pra mim foi fazer qualquer tipo de esporte. Era sempre a última a ser escolhida pra uma equipe durante a aula de educação física, morria de medo desses momentos. Demorou pra eu aprender a gostar de me exercitar, mesmo fazendo algo sozinha, reflexo desses traumas de menina. Mas a gente vai aprendendo a se libertar do que nos aprisiona e hoje não imagino minha vida sem a sensação boa que só uma jornada de exercício pode proporcionar.

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Avatar de Lena Five

Eu nunca tive vergonha de dançar. De um jeito muito... Próprio. Quando eu era magra, o máximo que isso me rendeu foi encheção de saco de namorado abusivo. Quando eu engordei (nos vários tamanhos que já tive), já não era mais tão simples. Tinham olhares ou simplesmente pensamentos intrusivos pra atrapalhar minha dança, tinham gordes sentades enquanto eu estava na pista. E aí eu comecei a dançar de propósito, seja pra incomodar, seja pra encorajar quem estivesse sentade.

Cheguei a escrever um texto sobre isso, preciso resgatá-lo.

Agora já quase não danço, por causa da fibromialgia. Se um dia eu voltar, ótimo. Se eu nunca voltar, foi bom enquanto durou.

(O trauma que ficou foi das baladas de forró. Mesmo quando eu era magra, não me tiravam pra dançar. Ficava sozinha num canto enquanto o resto da turma rodava de par em par. Peguei ranço. Comecei a preferir lugares onde eu pudesse dançar sozinha.)

(Só uma observação: apesar da fórmula "pessoa com deficiência" ser a correta quando se trata de deficiências em geral e da comunidade PcD como um todo, autistas geralmente preferem ser chamados mesmo só de "autista" ou "pessoa autista", sem o "com". Tem a ver com a forma como o autismo interfere tanto no nosso jeito de ser e de experimentar o mundo que a gente sente que não dá pra separar nossa pessoa do nosso autismo.)

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